quarta-feira, 10 de julho de 2013

Potiguar é dono de coleção com mais de 400 peças sobre a Seleção




Alexandre Gurgel - jornalista, chef de cozinha e colecionador potiguar #RN (Foto: Arquivo Pessoal) 
Alexandre Gurgel é jornalista, chef de cozinha e colecionador 
(Foto: Arquivo Pessoal)


(Por Jocaff Souza, Globoesporte.com)
O jornalista e chef de cozinha Alexandre Gurgel é um fanático pela Seleção Brasileira. O torcedor possui mais de 400 peças sobre futebol, como revistas, jornais, fotografias, selos, vinis, álbuns de figurinhas, além de várias camisas da seleção. Boa parte desta coleção estará reunida em uma grande exposição, que será inaugurada nesta sexta, 12, e segue até dia 2 de agosto, na galeria Newton Navarro, que fica na Fundação José Augusto, no bairro de Tirol, em Natal.
A história de Alexandre começou como qualquer amante do futebol. Os primeiros contatos com o esporte foram na escola, no intervalo entre as aulas. Depois, um pouco mais crescido, decidiu reunir alguns recortes de jornais e figurinhas de jogadores, para só então, tornar-se colecionador de futebol.
- Eu sempre gostei de futebol. Joguei futsal durante a vida escolar e me
arrisquei nas categorias de base de alguns clubes de Natal, mas tive que deixar o futebol de lado para partir para uma coisa mais séria na carreira e entrar para a faculdade. Mas a paixão pelo futebol falou mais alto e então comecei a colecionar várias peças, como revistas, fotografias, recortes de jornais, selos, tudo que fosse sobre futebol - explica Alexandre ao GLOBOESPORTE.COM.

A partir daí, várias peças começaram a surgir para Alexandre, que decidiu juntar tudo que encontrasse sobre a Seleção Brasileira. A escolha foi tão boa que a coleção ganhou novos objetos rapidamente. O colecionador começou a guardar ingressos de jogos do Brasil, como o da vitória sobre a Colômbia por 6 a 0, no Estádio Maracanã, em 1977, nas eliminatórias para a Copa do Mundo do ano seguinte. Nesta partida, o potiguar Marinho Chagas marcou dois gols no jogo, que, segundo Alexandre, faz com que os objetos sejam guardados com muito carinho.

- O meu acervo sobre Marinho Chagas é um dos maiores do país e acredito que ninguém tenha um arquivo como o meu. São mais de 30 revistas sobre o nosso craque, que mostra a sua história na Seleção Brasileira. Tenho ingressos da vitória do Brasil sobre a Colômbia, em 1977, em que Marinho fez dois gols no jogo. Além disso, tenho réplicas de camisas do craque potiguar - explica.


Álbum com imagem de Rubens, Dequinha e Índio, em 1954 #RN (Foto: Arquivo Pessoal) 
Álbum com imagem de Rubens, Dequinha e Índio,
em 1954 (Foto: Arquivo Pessoal)

A coleção sobre a seleção também reúne réplicas de camisas, como a da Copa do Mundo de 1970, realizada no México. Há também álbuns de figurinhas de jogadores, vinis das Copas do Mundo de 1958, 1962, 1970 e 1974, além de várias miniaturas de jogadores do Brasil.
Outro jogador potiguar que teve passagem pela Seleção Brasileira e ganhou uma homenagem de Alexandre Gurgel foi o mossoroense Dequinha, que vestiu a camisa do Flamengo entre os anos de 1950 e 1960. Falecido em 1997, em Aracaju, o ex-jogador atuou pela Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo de 1954, após conquistar o tricampeonato carioca pelo Flamengo. Antes, Dequinha vestiu as camisas de clubes potiguares como o Atlético de Mossoró, Potiguar e ABC.

Natal como inspiração
Na coleção do jornalista Alexandre Gurgel, algumas fotografias da única partida realizada pela Seleção Brasileira em Natal ganham atenção especial. O jogo foi disputado em 1982, entre Brasil e Alemanha Oriental, que terminou com a vitória da seleção canarinho por 3 a 1, com gols de Paulo Isidoro, Renato e Serginho. A partida foi realizada no antigo Estádio Castelão, depois chamado de Machadão, que foi demolido em 2011 para dar lugar a Arena das Dunas, praça esportiva que sediará quatro jogos durante a Copa do Mundo de 2014. Pelo calendário da Copa do Mundo do próximo ano, o Brasil não jogará na capital potiguar, mas, para o torcedor, as senhas daquela época são como um "sonho" para que um dia a Seleção Brasileira possa voltar a jogar em Natal.
- Tenho um acervo bem legal ligado a Natal. Tenho fotos do único jogo da Seleção Brasileira em Natal, em 1982, contra a Alemanha Oriental. Espero que essas senhas sirvam como um amuleto para que a Seleção jogue novamente em Natal - sonha.

Peça da "sorte"
Medalha comemorativa a Copa do Mundo de 1950, no Brasil #RN (Foto: Arquivo Pessoal) 
Medalha comemorativa a Copa do Mundo de 1950, no Brasil, é relíquia (Foto: Arquivo Pessoal)

Entre as mais de 400 peças e recortes, Alexandre elege uma medalha como o "xodó" da sua coleção. O objeto em questão é uma medalha entregue, em 1950, pela organização do campeonato, ao país-sede da Copa do Mundo. O potiguar conta que conseguiu a medalha após uma viagem ao Rio de Janeiro, onde comprou mais de 60 objetos, segundo ele, muito antigos.

- A peça mais valiosa que eu tenho é uma medalha da Copa do Mundo de 1950, que aconteceu no Brasil, que foi produzida em comemoração à realização da competição. É uma peça única e a que eu tenho um zelo maior. Consegui obtê-la em uma viagem à cidade do Rio de Janeiro, onde trouxe mais de 60 objetos, entre vinis, réplicas de camisas e taças - conta.

Peças em exposição
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Selo com Pelé, Zagalo e Paulo Amaral, em 1970 #RN (Foto: Arquivo Pessoal) 
Selo com Pelé, Zagalo e Paulo Amaral, em 1970:
exposição será em Natal (Foto: Arquivo Pessoal)

Com a exposição confirmada para a galeria Newton Navarro, Alexandre Gurgel vive a ansiedade de surpreender o público e os amantes do futebol. Para o colecionador, será uma oportunidade para o povo brasileiro encontrar figuras e imagens inéditas da Seleção Brasileira.
- Espero que a população entenda o meu carinho pela Seleção Brasileira. Será uma exposição com todos os meus objetos de coleção e acredito que muita gente vai ficar impressionada - concluiu.

 

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