quinta-feira, 29 de março de 2012

Zé Celso faz uma grande ciranda no palco do TAM

A expectativa era unânime por todos os presentes no Teatro Alberto Maranhão e que aguardavam, no Dia Mundial do Teatro, a "conversa" de José Celso Martinez Correa. Não seria uma noite de terça-feira qualquer se dependesse do que havia sido mostrado na oficina do dia anterior. E, assim o foi, no segundo dia do evento que também comemorava os 108 anos do TAM, a "palestra" mostrou que nessa data comemorativa tão importante para a cultura norte-rio-grandense, a Seculturn/FJA não poderia ter trazido alguém mais lendário, inscrevendo-se na história das celebrações a essa arte.

A abertura da conversa de Zé Celso contou com a palavra da secretária extraordinária de Cultura, Isaura Rosado, que enalteceu a importância do teatro e a obrigação de se celebrar essa data e foi mais além: "não só a data, mas o grande espetáculo que é a vida, que acontece no palco e na plateia". Rosado também acrescentou que aquele momento era o exemplo de "um grande banquete antropofágico", parafraseando Oswald de Andrade, e continuando: "para comer e beber a experiência mágica que é o outro".

José Celso Martinez foi recebido e aplaudido de pé pela plateia. Ele passou pouco tempo em cima do palco e logo desceu para a plateia – numa clara referência à feitura do seu fazer teatral – que aboliu a forma tradicional de apresentação no tradicional palco italiano, na busca por uma integração e interação com o público. Logo a conversa se transformou num só coro que dançou e cantou junto com ele o samba-enredo da Vila Izabel, escrito por Flávio Rangel:  "Samba do Teatro Brasileiro", trabalhado na oficina da segunda-feira, e que no espetáculo da terça, contou com cinco batucadores do Grupo Pau e Lata, para dar o tom de festa dentro do TAM.

O dramaturgo e fundador do Teatro Oficina Uzyna Uzona disse estar deslumbrado com a imponência do TAM e que já havia se apresentado na década dos anos 1970, naquele palco. "Essa casa centenária lembra a era de Shakespeare, nos tempos áureos do teatro mundial", disse, acrescentando que "em nenhum estado da Federação (brasileira) se estaria celebrando o Dia Mundial do Teatro com aquela ênfase". Durante sua conversa, chamou a diretora do TAM, Dione Caldas, para que juntos erguessem as taças e fizessem um brinde ao teatro. E assim, tomando vinho e falando sobre diversos temas, desde os sociais, políticos e seu fazer artístico, Zé Celso tecia a rede envolvente sobre as origens do teatro e a história do Deus Dionísio (ou Baco), que deu origem a uma das principais encenações do Grupo Oficina, "As Bacantes", recém encenada na Bélgica e Portugal.  Criticou o momento vivido pela cultura nacional, que sofre um retrocesso ao ser tratada de forma tecnocrata e a necessidade do surgimento de "heróis da cultura", nesse processo de renascimento e redescoberta.

Ao aclamar Alberto Maranhão – governador que dá nome àquela Casa Centenária - mecenas das artes do Estado, Zé Celso convidou todos a subirem no palco e participarem de uma grande ciranda, valorizando o corpo, a atuação, o homem e a alma mágica do teatro e da cultura indígena brasileira. A nudez no palco, conceito que se transforma de maneira recorrente no seu fazer teatral em ação, surgiu de maneira natural após Zé Celso convidar os participantes da ciranda a se colocarem de maneira "natural" e sem roupa. Alguns toparam o desafio, mostrando-se como vieram ao mundo.










Texto: Sheyla Azevedo e Denise Barcelos
Fotos: Anchieta Xavier

Isaura Rosado lamenta morte de Ademilde Fonseca

A secretária Extraordinária de Cultura do RN, Isaura Rosado, lamentou a morte de Ademilde Fonseca, cantora potiguar, nascida em Pirituba, radicada no Rio de Janeiro desde os anos 1930, que morreu aos 91 anos em seu apartamento. Impossibilitada de participar do velório, Isaura Rosado, que esteve pessoalmente com ela há cerca de dois anos e meio, fez questão de enviar Nota de Pesar à família. Ei-la:

Conheci Ademilde Fonseca numa agradável tarde no seu apartamento no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro, há pouco mais de dois anos. Tínhamos o intuito de entrevista-la para que figurasse entre as ilustres mulheres potiguares, na Revista da Fundação de Apoio à Pesquisa do RN (Fapern), de número 16, dedicada aos nomes femininos que nos legam feitos nas mais diversas áreas. E ela, certamente, fazia parte desse seleto rol, na área cultural. Hoje, tenho absoluta certeza de que todo o estado do Rio Grande do Norte chora nesse momento a perda dessa ilustre filha, que nasceu em Pirituba, se mudou para Natal e viveu parte de sua juventude entre os bairros de Tirol e Petrópolis, na casa 517 da nossa Avenida Afonso Pena e que cantou e nos encantou pela derradeira vez na capital potiguar, no projeto musical da Assembleia Legislativa do Estado, também há pouco mais de dois anos.

Ao se instalar no Rio de Janeiro, em meados do século passado, a história do gênero musical do Choro fica dividida em antes e depois de Ademilde Fonseca. Antes dela, o choro não era cantado. Dona de uma voz espetacular foi ela a responsável por imortalizar uma das grandes referências desse gênero no Brasil e mundo afora. A música de Zequinha Abreu, Tico-Tico no Fubá, sob a letra de Eurico Barreiros, jamais teve intérprete tão talentosa e jamais poderia ter alcançado tanta popularidade, não fosse através dela e de suas célebres apresentações na Rádio Nacional.
Não termos mais Ademilde Fonseca em nossos domínios telúricos é a mesma coisa que termos um cavaquinho sem cordas, uma flauta sem sua doçura e uma andorinha sem seu canto. Lembro-me que ela nos disse durante a entrevista algo extremamente marcante para quem faz o que ama: "Vou dormir cantando e acordo cantando. Uma vida sem canto é uma alma sem espírito".

Resta-nos agora liberdade da eterna memória. Essa dádiva dedicada, sobretudo, aos que por esta vida passam e deixam suas marcas, sua história, seu canto. Vá Ademilde! Vai alegrar os anjos que já devem estar em festa pela tua chegada.

Meus sentimentos à filha Eimar Fonseca, aos netos, bisnetos e amigos.

Isaura Rosado




 Fotos extraídas da internet.

Isaura Rosado fala sobre inauguração do Museu Nísia Floresta

MENSAGEM DA SECRETÁRIA EXTRAORDINÁRIA DE CULTURA DO RN, ISAURA ROSADO, PELA OCASIÃO DA INAUGURAÇÃO DO MUSEU NÍSIA FLORESTA

Um Estado - além das fronteiras geográficas - é feito, principalmente por seus nativos. Homens e mulheres que compõem a argamassa humana de lutas, conquistas e glórias. O Rio Grande do Norte tem na figura memorável de Nísia Floresta - uma prodigalidade que muito contribuiu para inscrever o Estado na história tanto nacional quanto internacional das lutas femininas.

Escritora, educadora, indianista, abolicionista e feminista, Nísia Floresta foi uma mulher de muitas lutas: defendia negros, índios e, sobretudo os direitos das mulheres. Com a marca do pioneirismo, é uma das responsáveis pela consolidação dos direitos femininos no Brasil e no mundo. Cunhou uma frase célebre e que me recordo sempre, que muito explicita os ideais das mulheres que não fogem à luta: "Ensinai às mulheres se queres modificar o mundo". Decerto ela muito se orgulharia se testemunhasse os patamares alcançados pelas mulheres nos séculos XX e XXI.

Nascida Dionísia Gonçalves Pinto, em Papary, Nísia Floresta viveu também em Pernambuco e depois se fixou no Rio de Janeiro, onde fundou o Colégio Augusto, uma escola para mulheres, cuja estrutura já rompia com os padrões vigentes, já que educação e conhecimento eram um privilégio masculino. Em meados do século 19 muda-se com os dois filhos, Lívia Augusta e Augusto para a Europa, vivendo em países como França e Itália, sem nunca perder de vista suas raízes e seus ideais, publicando livros, concomitantemente, no Brasil e no exterior.

Esse breve resumo sobre a vida e o legado de Nísia Floresta, que faço questão de citar, objetiva primordialmente afirmar meu orgulho e louvor de termos no sangue nativo uma mulher de colossal importância para a literatura, a história e a consolidação dos direitos de gênero. E que agora, numa iniciativa do Centro de Documentação e Comunicação Popular (Cecop), cujo projeto de criação do Museu Nísia Floresta foi selecionado no Programa Mais Museus, do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), do Ministério da Cultura, com louvor, alcançando o 2º lugar em excelência, a cidade de Nísia Floresta conta, a partir de agora, com esse importante espaço de preservação da memória, de incentivo à pesquisa e de práticas artísticas e culturais.

Sendo assim, o Museu Nísia Floresta, a meu ver, contribui categoricamente para o enaltecimento ao orgulho potiguar, naquilo que nos é mais precioso: a identidade com uma filha tão dileta e tão preciosa que foi e sempre será, no seu eterno legado, Nísia Floresta. Minhas congratulações e meus aplausos à cidade de "Brasileira Augusta".

Nísia Floresta, 28 de  Março de 2012.

 Museu Nísia Floresta

Fotos extraídas da internet.

terça-feira, 27 de março de 2012

Zé Celso fez oficina e faz palestra hoje no TAM

Quando José Celso Martinez Correa pisou no chão do Teatro Alberto Maranhão, logo percebeu a imponência daquela casa centenária e entendeu porque foi o convidado para fazer parte das comemorações dos 108 anos do TAM e do Dia Mundial do Teatro, lembrado nesta terça-feira, 27 de março. A oficina ministrada por ele, na segunda-feira, 26, foi marcada por muita expectativa, surpresas e entusiasmo dos participantes que, no pensamento do diretor do Teatro Oficina, vão além de somente participar e sim, de “atuar”, sejam atores ou plateia. O primeiro dia pode mostrar que a palestra gratuita e aberta ao público, que será realizada hoje, 27 – Dia Mundial do Teatro, às 20hs, no TAM, será mais uma grande experiência para os presentes, que poderão ter contato com a história viva e única da cultura nacional.

A oficina oferecida aos atores e performers, contou inicialmente, com a presença da secretária extraordinária de Cultura, Isaura Rosada, que enalteceu a vinda de uma das “lendas” do teatro nacional nessa dupla comemoração. Foi transmitido o documentário Evoé! Retrato de um antropófago, que traz depoimentos recentes e imagens históricas da carreira do ator, autor e dramaturgo Celso Martinez.

Desde a chegada, sempre cantando o “Samba do Teatro Brasileiro”, considerado o Hino do Teatro Nacional, composto por Flávio Rangel, o lendário dramaturgo demonstrou que aquele seria um momento único para os presentes, em sua maioria atores, performers e estudantes. De forma bem humorada e espontânea, José Celso deu entrevista à imprensa, sempre destacando a importância da cultura para a sociedade, falou sobre o Teatro Oficina e as suas manifestações sociais e o que o levava a produzir tanto, ao longo dos seus 75 anos: “trabalho com o que me excita, sou um ser político”, destacou. Em seu discurso enalteceu o valor da atuação, do teatro como mágica e renovação.

Durante a oficina José Celso Martinez não deixou ninguém de fora, foi proibido ficar na plateia, afinal, o teatro “é energia”. O ponto de partida da oficina foi o icônico Hino do Teatro Nacional, que foi samba-enredo da Vila Isabel, em 1975. A partir disso, foi feito um trabalho corporal, vocal e mental, que pode dar um gostinho do que é o Teatro Oficina e sua importância na cultura nacional.






Por: Denise Barcelos/Assecomfjarn – Foto: Cláudio Marques

sexta-feira, 23 de março de 2012

CONVITE - Dia Mundial do Teatro e 108 anos do TAM

[Clique na imagem para ampliá-la]

Oficina com José Celso Martinez (para atores e performers)
Dia: 26/03
Hora: 14h
Local: TAM
Informações: 84 3232 9702
 

Palestra sobre Teatro com José Celso Martinez
Dia: 27/03
Hora: 20h
Local: TAM
Entrada Gratuita

Mais informações sobre José Celso, Teatro Oficina e fotografias:
http://teatroficina.uol.com.br/ 


Diretora do Teatro Alberto Maranhão (TAM) – Dione Caldas – 84 8127 2758

quinta-feira, 22 de março de 2012

José Celso Martinez Correa estará em Natal no Dia Mundial do Teatro

 

Comemorações também serão alusivas aos 108 anos do Teatro Alberto Maranhão

O diretor artístico do Teatro Oficina e presidente da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, José Celso Martinez Correa, estará em Natal entre os dias 26 e 27 de março como convidado ilustre da Secretaria Extraordinária de Cultura do RN e Fundação José Augusto (Secultrn/FJA), para as comemorações dos 108 anos do Teatro Alberto Maranhão (TAM) - completados no dia 24 de março - e do Dia Mundial do Teatro, lembrado em 27 de março. Na segunda-feira, 26, José Celso Martinez Correa fará uma oficina aberta a atores e performers, no próprio TAM, a partir das 14h. As inscrições devem ser feitas previamente no número 84 3232 9702. Já no Dia Mundial do Teatro, o diretor fará uma palestra aberta ao público, a partir das 20h, também no TAM, entrada gratuita.



Em 2012 o Teatro Oficina completa 54 anos de existência e mantém-se em plena atividade artística e social. Surgido em 1958, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco o grupo passou por diversas fases. A profissionalização aconteceu a partir de 1961, na época dos "Anos Dourados", quando foram encenadas obras que revolucionaram a moderna dramaturgia brasileira como "Pequenos Burgueses" de Gorki e "O Rei da Vela" de Oswald de Andrade. Durante os anos de chumbo da ditadura militar, o inevitável exílio levou o grupo, entre os anos 1970, a realizar trabalhos em Portugal, Moçambique, França e Inglaterra, com a produção de obras cinematográficas como o "25" que narra a libertação de país africano e "O Parto" sobre a Revolução dos Cravos.




Após a reabertura da democracia brasileira, o grupo do Teatro Oficina voltou a se reunir em São Paulo e durante dez anos, trabalhou para levantar o novo teatro, com projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi, aberto em 1993, inaugurando nova fase em que obras clássicas da dramaturgia mundial como "Hamlet" de Shakespeare e "Bacantes" de Eurípides foram realizadas à moda de Óperas de Carnaval "Eletrocandombláicas", modernos musicais brasileiros com elenco coral numeroso e banda ao vivo conquistando um público jovem em São Paulo e Brasil afora.
Uma nova virada no trabalho de pesquisa e produção do Teatro Oficina ocorreu no início do século XXI, com o trabalho de "transversão" de "Os Sertões", de Euclides da Cunha. "Em um processo que durou 7 anos, de 2000 a 2007, o Oficina abriu-se ainda mais para o social e as questões de educação, urbanismo, e comunicação, questões da cultura tratada como infraestrutura, passaram a ser trabalhadas com vigor e profundidade pelos atuadores do grupo em uma verdadeira campanha de desmassacre", diz a produção. Nessa época, a partir de 2002, nasceu o Movimento Bexigão, trabalhos artísticos realizados com as crianças e jovens em situação de risco social no bairro do Bexiga, onde situa-se o Oficina. A cultura desses herdeiros dos sertanejos de Canudos misturou-se à cultura cosmopolita e o grupo e público tornaram-se heterogêneos em suas classes sociais e etnias. 


 
"Os Sertões", cinco peças que somam 27 horas de teatro, iniciaram-se com a estreia da primeira parte "A Terra" em 2 de dezembro de 2002, no aniversário de cem anos do livro e encerraram-se em 2 de dezembro de 2007, último dia de apresentação dos cinco espetáculos no sertão de Canudos, palco original do massacre narrado por Euclides da Cunha. A trajetória dessa obra incluiu apresentações pelo Brasil e na Alemanha, abrindo a temporada de outono do Volksbuhne em Berlim, no ano de 2005.
Os 50 anos de formação do Oficina, em 2008, foram celebrados com fertilidade, gerando quatro novas montagens, "Os Bandidos" de Schiller, "Cypriano e Chan-ta-lan" de Luis Antônio e Analu Prestes, "Taniko" de Zen Chiku, um nô japonês devorado pela bossanova e "Vento Forte para um Papagaio Subir", primeira peça escrita por José Celso, diretor da Companhia. Em 2009 algumas dessas peças ficaram em cartaz e duas novas montagens nasceram: "O Banquete" de Platão, montado a partir de oficinas realizadas em Zagreb na Croácia com estreia em junho e "Estrela Brazyleira a Vagar - Cacilda!!" de Zé Celso, segunda parte da tetralogia que narra a vida da grande atriz brasileira Cacilda Becker, estreado em setembro. Em 2010 a Companhia percorreu oito capitais brasileiras com quatro espetáculos de seu repertório, "Taniko- O Rito Mar" de Zen Chiku, "Estrela Brazyleira a Vagar- Cacilda!!, Bacantes de Eurípedes e Banquete de Platão.


 
 

Sobre o Fundador do Teatro Oficina
José Celso Martinez Correa é diretor artístico do Teatro Oficina e presidente da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona. Fundou o grupo em 1958 na faculdade de direito do Largo São Francisco e até 1974, quando foi preso e torturado e teve de deixar o Brasil para trabalhar com liberdade na Europa e na África, dirigiu grandes montagens teatrais que entraram para a história da dramaturgia mundial. Entre elas Pequenos Burgueses, de Górki, O Rei da Vela de Oswald de Andrade, que marcou o início do teatro pós-moderno brasileiro e Selva das Cidades de Brecht. Com a reabertura do país Zé passou a trabalhar mais intensamente e ao lado de outros artistas fundou a Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona que tem em seu estatuto o objetivo de tocar os tabus e transformá-los em tótens. Zé Celso esteve à frente do grupo durante estes 51 anos e sua capacidade provocadora e profundo conhecimento cultural e filosófico causaram sempre movimento de evolução para a arte praticada no teatro, sempre renovada e plugada nos acontecimentos da hora. Referência mundial no teatro contemporâneo é admirado e respeitado por artistas de todas as áreas, e no Brasil é amado e respeitado como verdadeiro conselheiro. Conhecido por sua imensa bravura na luta cultural pelos direitos humanos e contra as opressões, hoje é um diretor pronto a trabalhar como treinador de uma grande seleção de teatro nacional.
 

Oficina com José Celso Martinez (para atores e performers)
Dia: 26/03
Hora: 14h
Local: TAM
Informações: 84 3232 9702
 

Palestra sobre Teatro com José Celso Martinez
Dia: 27/03
Hora: 20h
Local: TAM
Entrada Gratuita

Mais informações sobre José Celso, Teatro Oficina e fotografias:
http://teatroficina.uol.com.br/ 


Diretora do Teatro Alberto Maranhão (TAM) – Dione Caldas – 84 8127 2758

Fotos: Reprodução da Internet e Folha de São Paulo.




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quarta-feira, 21 de março de 2012

Governo do RN adere ao Sistema Nacional de Cultura dia 2 de abril


O secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura (Minc), João Roberto Peixe, estará em Natal no próximo dia 2 de abril, sua vinda objetiva a assinatura do termo de adesão do Rio Grande do Norte ao Sistema Nacional de Cultura (SNC). O evento será no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel, a partir das 9h. Estão convidadas as Prefeituras, Secretarias de Cultura, produtores, artistas e demais agentes culturais.

Na ocasião ele fará palestra sobre o Sistema Nacional de Cultura e a importância da participação dos municípios e estados aderirem, assim como também será lançado o novo Edital da Secretaria Extraordinária de Cultura e Fundação José Augusto (Secultrn/FJA), de Apoio a Eventos Culturais, no valor de R$ 120 mil.

O Governo do Rio Grande do Norte vem se preparando para fazer parte do SNC. Durante todo o mês de janeiro e parte de fevereiro e março foram realizadas através da Secretaria Extraordinária de Cultura e Fundação José Augusto (Secultrn/FJA), as Conferências Regionais de Cultura em todas as regiõs do Estado, assim como também mobilizações em outros municípios, com o intuito de orientar os órgãos culturais municipais para a importância da criação dos seus respectivos planos municipais de cultura, considerados fundamentais para a elaboração de políticas públicas com caráter de curto, médio e longo prazo na área cultural, umas das prerrogativas do Sistema Nacional de Cultura, cuja ideia é criar um sistema semelhante ao que já acontece com o Sistema Único de Saúde (SUS), que já tem 20 anos e estabelece diretrizes e responsabilizações em âmbito municipal, estadual e federal. A Secultrn/FJA também se prepara, a partir das Conferências Regionais para elaborar seu Plano Estadual de Cultura.

terça-feira, 20 de março de 2012

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA SECULTRN/FJA SOBRE A ORQUESTRA SINFÔNICA


O Governo do Estado e a Secretaria Extraordinária de Cultura e Fundação José Augusto (Secultrn/FJA) têm absoluta convicção da importância da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (OSRN). Prova disso é o esforço da atual gestão, desde o ano passado, em retomar as atividades da OSRN - que estavam paradas há mais de um ano, apesar dos custos com salários dos seus componentes chegaram aos patamares de R$ 3 milhões anuais, entre pagamento dos músicos concursados, servidores administrativos e pagamento de cachês aos músicos convidados por apresentação. Mesmo assim, em 2011, devido às paralisações dos servidores da FJA, sobretudo no primeiro semestre, a OSRN ofereceu à população potiguar apenas três Concertos Oficiais. O primeiro em junho, o segundo em setembro e o terceiro em dezembro.

A atual gestão iniciada em 2011 já encontrou a OSRN sem ter feito uma única apresentação durante todo o ano de 2010. E, imediatamente prontificou-se a atender os pleitos dos seus componentes que eram: contratação de um maestro (Padre Pedro Ferreira); nomeação de um coordenador administrativo (Francisco Marinho), além de outros cargos, bem como fazer reparos físicos, melhorar refrigeração e compra de mobiliário para a sala de ensaio, que fica no Teatro Alberto Maranhão. A única reivindicação até agora não atendida foi a instalação de um elevador, devido aos altos custos desse tipo de equipamento. A Secultrn/FJA também contratou músicos – e não tem débitos pendentes – para compor as lacunas dos naipes da Orquestra, na ocasião das apresentações oficiais.

Face às reivindicações e reclamações expostas dos membros da OSRN na mídia oficial e alternativa nos dias recentes, sobretudo motivadas pelo pedido de afastamento do maestro Pedro Ferreira das atribuições de maestro, e do seu desejo de montar um grupo para a criação de uma Orquestra de Câmara, a Secultrn/FJA recebeu uma comissão da OSRN para, mais uma vez, externar a total disponibilidade em apoiar os encaminhamentos e soluções por eles apresentados, de maneira que o trabalho desses músicos possa ser, periódica e sistematicamente, conferido e apreciado pela sociedade, sua legítima financiadora.

Durante a reunião, ocorrida no final da manhã do dia 20 de março, a secretária Extraordinária de Cultura, Isaura Rosado, informou que não há condições de se realizar concurso público para o preenchimento da vacância nos naipes, pelo fato de que o Governo do Estado está no seu limite prudencial, justamente pelo excesso de pessoal na folha de pagamento. Por outro lado, reiterou que em momento algum é intenção da Secultrn/FJA inviabilizar as atividades da OSRN, inclusive, sugerindo que seus membros se fortaleçam e criem um organismo jurídico independente – tal como uma ONG, Oscip ou Associação – a exemplo de modelos de gestão que existem em todo o país, como é o caso da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), de modo que os financiamentos – tanto em âmbito estadual quanto privado possam agilizar e facilitar as atividades. Sem com isso, é claro, isentar o Estado de suas obrigações de manter a OSRN, naquilo que já lhe é atribuição constitucional. Além disso, Isaura Rosado acatou a sugestão dada pela própria comissão de o novo coordenador administrativo, ser o músico Luís Antônio de Paiva.

A comissão ficou de estudar a proposta da secretária Isaura Rosado para a criação desse organismo jurídico, o que poderá ser feito ainda nesse semestre. Antes disso, ficou acordado que até o início de abril, haverá uma nova reunião com a Secultrn/FJA para apresentação de propostas de trabalho, por parte dos integrantes da OSRN, depois de atendida a mudança do novo coordenador administrativo da OSRN.

Representantes dos Autos têm reunião com Isaura Rosado no TCP



A Secultrn/FJA vai apoiar as diversas manifestações artísticas e teatrais dos Autos realizados nos municípios do RN. A ideia surgiu depois que a secretária Extraordinária de Cultura, Isaura Rosado, pesquisou e catalogou a existência de cerca de 60 manifestações teatrais com esse formato, o que se configura como uma verdadeira tradição potiguar. Para compreender quais seriam as necessidades imediatas e acatar sugestões a fim de criar editais de apoio para esse tipo de evento cultural, ocorreu na segunda-feira, 19 de março, no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel (TCP) uma reunião com diversos representantes, entre diretores, produtores e atores dos Autos espalhados por todo o Estado.


Diversos deles falaram e, em muitos casos, foi dito que há a necessidade de apoio técnico, sobretudo nas áreas de cenografia e iluminação, sem falar, é claro na possibilidade de o Estado entrar com financiamento para a realização dos autos. A secretária Isaura Rosado explicou aos participantes da reunião que é intenção do Governo do RN abrir Editais de Apoio para os Autos, através do Fundo Estadual de Cultura (FEC), assim como também já existe o patrocínio do Governo, por meio de renúncia fiscal através da Lei de Incentivo Câmara Cascudo. "O Governo do RN não está se propondo a substituir o apoio que porventura já exista por parte dos municípios. Mas, o que queremos é agregar, a partir dos Editais e de oferecer mais uma possibilidade de financiamento, embora que não em sua totalidade", enfatizou ela





Tanto a possibilidade de oficinas de cenografia, quanto de iluminação e figurino, bem como uma grande oficina que possa instruir os interessados no preenchimento dos requisitos exigidos em Edital foram bastante bem recebidos pelos participantes da reunião. Todos os entrevistados também aprovaram o formato "aberto", "apartidário" e "democrático" dos Editais. "Acho que estamos evoluindo nesse sentido. Quando o Governo nos chama para discutir a possibilidade de abrir editais", disse a atriz da Cia. Máscara de Teatro, de Mossoró, Tony Silva. O secretário adjunto de Cultura de Açu, Gilvan Lopes, fez coro com Tony, mas sugeriu que esses tramites fossem feitos com certa antecedência, a fim de que os Autos que ocorram na Paixão de Cristo, por exemplo, pudesse ser contemplados. Sobre essa assunto, Isaura Rosado, explicou a inviabilidade de se apoiar um evento que ocorrerá em 20 dias. Porém, a compreensão sobre esses trâmites devem ocorrer o quanto antes, de modo a preparar os interessados já para os editais de 2013.

sexta-feira, 16 de março de 2012

CANCELAMENTO DA PALESTRA DE ROBERTO PEIXE

A SOLENIDADE DE ADESÃO DO GOVERNO DO ESTADO AO SISTEMA NACIONAL DE CULTURA QUE ESTAVA MARCADA PARA O DIA 16 DE MARÇO DE 2012, NO TEATRO DE CULTURA POPULAR, FOI ADIADA POR SOLICITAÇÃO DA SECRETARIA DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL, DO MINISTÉRIO DA CULTURA (MINC). O SECRETÁRIO DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL, JOÃO ROBERTO PEIXE, QUE ESTARIA PRESENTE NO EVENTO, CANCELOU SUAS AGENDAS DE COMPROMISSO PROFISSIONAL POR MOTIVOS DE SAÚDE. A SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE CULTURA DO RN E FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO AGUARDA NOVA DATA DO MINISTÉRIO DA CULTURA.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Convite para o Dia Nacional da Poesia - 14 de março

Secultrn/FJA tem programação para o Dia Nacional da Poesia


Homenagem, música e literatura serão os principais pratos culturais servidos em uma das datas comemorativas mais tradicionais da cidade: o Dia da Poesia, na promoção da Secretaria Extraordinária de Cultura e Fundação José Augusto (Secultrn/FJA). Pela manhã, a partir das 8h30, ocorrerá a chantadura do busto do poeta Othoniel Menezes  - "O Príncipe dos Poetas" - na passarela da Fortaleza dos Reis Magos, numa justa homenagem ao grande poeta que "cantou" a cidade que tanto amou, eternizada num dos poemas mais aclamado por ele, o "Serenata do Pescador", também conhecido por "Praieira".

Na noite do dia 14 de março, um dos principais nomes da contracultura das décadas 1960 e 1970, Jorge Mautner estará em Natal, para fazer show juntamente com seu parceiro musical, Nelson Jacobina, na Pinacoteca do Estado – Palácio Potengi, a partir das 20h.  Entrada gratuita. Porém, antes do show, no mesmo local, a partir das 19h, o jornalista e escritor, Carlos de Souza, lançará seu mais recente livro, o romance, "Cidade dos Reis", ao preço de R$ 20.

De acordo com divulgação, Mautner e Jacobina farão um show com um repertório musical atual e também com clássicos como Maracatu Atômico, O Vampiro, Samba dos Animais, dentre outros. O show inclui também músicas do disco Eu Não Peço Desculpas, feito em parceria com Caetano Veloso, como "Todo Errado", "O Homem Bomba", "Morre-se Assim", "Nicanor". Será uma mostra do estilo variado de canções que refletem a maravilhosa complexidade da cultura brasileira, que se diferencia de todos os outros povos, e que José Bonifácio de Andrade e Silva referiu como sendo "amálgama", antes de ser diversidade também, é claro. Haverá também um momento poético na música "Herói das Estrelas", ocasião em que serão interpretados alguns poemas.

Concurso de Poesia
Na ocasião das comemorações do Dia da Poesia, a Sociedade dos Amigos do Beco da Lama (Samba) fará a segunda edição do Concurso Poético Performático, na Pinacoteca, de 18h às 20h, antes do show de Mautner e Jacobina. Os três primeiros lugares serão premiados.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Isaura Rosado convida o artista plástico, Edilson Araújo, para fazer 1ª individual no RN


Durante sua estada em São Paulo, a secretária Extraordinária de Cultura do RN, Isaura Rosado, em companhia do marchand Antônio Marques e da vice-prefeita de Santana do Matos, Maria Eugênia Correia, visitou um dos mais expressivos artistas naïf, ou ingênua, do Brasil, o potiguar Edilson Araújo, nascido no sítio São Roque, em Areia Branca. Há mais de 30 anos, o artista consagrado no Brasil e no mundo, vive em Pirituba (SP), ao lado da esposa, filhos e netos.




A visita não foi por acaso. Isaura Rosado transmitiu ao artista, cujo trabalho consta em dicionários, coletâneas, catálogos, bienais e inúmeras exposições, o convite do Governo do Estado para realizar sua primeira exposição individual em solo potiguar. Na ocasião, ele também deverá fazer oficinas e rodas de conversa, além de integrar o naipe de artistas que farão parte do Agosto da Alegria.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Isaura Rosado participa do 1º Seminário Planos de Cultura em Brasília (DF)


A secretária Extraordinária de Cultura, Isaura Rosado, e a coordenadora geral da Conferência Estadual (e Regionais) de Cultura, Ivanira Machado, participaram do 1º Seminário Planos de Cultura, realizado em Brasília (DF) na semana passada. Na pauta, assuntos ligados à elaboração dos Planos de Cultura, uma determinação do Governo Federal, para criação do Sistema Nacional de Cultura, em todo o Brasil, contando com a participação de municípios e estados da federação. A Conferência Estadual de Cultura do RN ocorrerá nos próximos dias 14, 15 e 16 de março, no Teatro de Cultura Popular, anexo à FJA.

Foram discutidos temas como a metodologia de elaboração dos Planos Regionais, assim como também foram feitas discussões para a implantação dos projetos nos Estados e municípios. O Seminário é uma iniciativa da Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura (SAI/MinC) e tem o objetivo de auxiliar os entes federados a elaborarem suas políticas públicas de Cultura, à luz da Lei 12.343/2010, que instituiu o Plano Nacional de Cultura (PNC).

De acordo com divulgação da Assecom do Ministério da Cultura, os debates do segundo dia foram coordenados pelos analistas técnicos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que estão assessorando os trabalhos de implantação dos Planos de Cultura em 17 estados brasileiros, e da Universidade Federal da Bahia (UFBA), responsável pela assessoria das equipes de gestores públicos que estão trabalhando com os Planos de Cultura de 20 municípios. Todos os entes federados que estão participando deste projeto estão integrados ao Sistema Nacional de Cultura.

Também foram detalhadas as quatros etapas de elaboração dos Planos de Cultura. A primeira está relacionada ao diagnóstico da situação da cultura nas localidades, aos desafios e oportunidades existentes; a segunda leva em consideração os objetivos a serem alcançados, a definição das diretrizes e prioridades, as metas, estratégias e ações; a terceira aborda os prazos de execução, os resultados e impactos esperados, os recursos disponíveis e necessários, e as fontes de financiamento; a quarta fase diz respeito aos indicadores que serão utilizados para fazer o monitoramento e a avaliação do processo de implantação dos Planos de Cultura e ao modelo de gestão que será utilizado.


Com informações de: Ascom/Minc
Foto: Isaura Rosado

quinta-feira, 1 de março de 2012

Capacitação em Projetos Culturais é sucesso de público no Instituto Kennedy




A Secretaria Extraordinária de Cultura do Rio Grande do Norte (Secultrn/FJA) é parceira do Ministério da Cultura e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Programa de Capacitação em Projetos Culturais. O segundo módulo está sendo realizado até essa sexta-feira, 3 de março, no Instituto Kennedy, onde cerca de 90 pessoas - cuja prerrogativa foi ter feito o primeiro módulo à distância - estão participando de oficinas presenciais com técnicos da FGV e do Minc.




De acordo com a chefe de divisão da Coordenação do Programa de Capacitação em Projetos Culturais, do Minc, Juliana Santana, desde 2008 que esse programa existe. Mas, foi a partir de 2009 que ele foi ampliado e já passou por 21 localidades, nas regiões do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Esta Oficina que ocorre em Natal agora é a primeira de 2012. "O programa partiu de uma prerrogativa de ir além do simples preenchimento de formulários. A ideia era que pudéssemos oferecer aos participantes conceitos de política cultural, gestão, direito autoral, assim como também as técnicas de elaboração de projetos dentro do que chamamos de Metodologia do Quadro Lógico", explica Santana. Depois do segundo módulo, ainda é possível fazer mais dois: Fase Avançada à Distância e Formação Facilitadora. Essas duas fases, segundo informou, serão aplicadas naquelas 21 localidades iniciadas a partir de 2009.

A Metodologia do Quadro Lógico tem como um dos professores, o coordenador do Programa pela FGV, Roberto Pimenta. Ele explicou que o objetivo desse curso é para que os participantes aprimorem o que já sabem fazer, aliando a conhecimentos de política cultural, de maneira que os produtores e agentes culturais estejam aptos a atuar nos campos de incentivo, como editais, por exemplo. "Os fomentos já existem. Há uma tendência mundial nesse aspecto e, uma vez os proponentes de projetos, entendendo como devem atuar, se os projetos forem bem elaborados, certamente, incentivos não vão faltar", disse ele.