Quando José Celso Martinez Correa pisou no chão do Teatro Alberto Maranhão, logo percebeu a imponência daquela casa centenária e entendeu porque foi o convidado para fazer parte das comemorações dos 108 anos do TAM e do Dia Mundial do Teatro, lembrado nesta terça-feira, 27 de março. A oficina ministrada por ele, na segunda-feira, 26, foi marcada por muita expectativa, surpresas e entusiasmo dos participantes que, no pensamento do diretor do Teatro Oficina, vão além de somente participar e sim, de “atuar”, sejam atores ou plateia. O primeiro dia pode mostrar que a palestra gratuita e aberta ao público, que será realizada hoje, 27 – Dia Mundial do Teatro, às 20hs, no TAM, será mais uma grande experiência para os presentes, que poderão ter contato com a história viva e única da cultura nacional.
A oficina oferecida aos atores e performers, contou inicialmente, com a presença da secretária extraordinária de Cultura, Isaura Rosada, que enalteceu a vinda de uma das “lendas” do teatro nacional nessa dupla comemoração. Foi transmitido o documentário Evoé! Retrato de um antropófago, que traz depoimentos recentes e imagens históricas da carreira do ator, autor e dramaturgo Celso Martinez.
Desde a chegada, sempre cantando o “Samba do Teatro Brasileiro”, considerado o Hino do Teatro Nacional, composto por Flávio Rangel, o lendário dramaturgo demonstrou que aquele seria um momento único para os presentes, em sua maioria atores, performers e estudantes. De forma bem humorada e espontânea, José Celso deu entrevista à imprensa, sempre destacando a importância da cultura para a sociedade, falou sobre o Teatro Oficina e as suas manifestações sociais e o que o levava a produzir tanto, ao longo dos seus 75 anos: “trabalho com o que me excita, sou um ser político”, destacou. Em seu discurso enalteceu o valor da atuação, do teatro como mágica e renovação.
Durante a oficina José Celso Martinez não deixou ninguém de fora, foi proibido ficar na plateia, afinal, o teatro “é energia”. O ponto de partida da oficina foi o icônico Hino do Teatro Nacional, que foi samba-enredo da Vila Isabel, em 1975. A partir disso, foi feito um trabalho corporal, vocal e mental, que pode dar um gostinho do que é o Teatro Oficina e sua importância na cultura nacional.
Por: Denise Barcelos/Assecomfjarn – Foto: Cláudio Marques
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