Bastante movimentada e participativa a Conferência Regional de Cultura de Natal, que encerrou a série de Conferências que ocorreram durante todo o mês de janeiro no Rio Grande do Norte em suas oito macrorregiões. O Teatro de Cultura Popular ficou ocupado por uma plateia atenta e disposta a dialogar com os gestores da Fundação Capitania das Artes, Roberto Lima e a secretária Extraordinária de Cultura do RN, Isaura Rosado. Ambos expuseram, respectivamente, como está sendo pensado a construção do Plano Municipal de Cultura de Natal e a criação e utilização dos recursos do Fundo Estadual de Cultura (FEC), sancionado pela governadora Rosalba Ciarlini em dezembro passado e que será regulamentado esse ano.
Foram cerca de 31 municípios que receberam a equipe da Secultrn/FJA para a realização das CRCs - nos quais tinham presença de outros municípios convidados - para ouvir as orientações acerca da importância da criação dos planos municipais de cultura, de maneira que estes sejam inseridos ao Plano Estadual de Cultura, que por sua vez estará coadunado com as ações do Sistema Nacional de Cultura (SNC) do Governo Federal. "A importância do SNC é que ele vai disciplinar a gestão cultural, traçando o perfil de quem faz o quê em âmbito municipal, estadual e federal, para que possamos trabalhar dentro de um modelo de gestão compactuada", resumiu, em certo momento, Roberto Lima.
Durante as explanações dos gestores foram levantadas diversas dúvidas e sugestões dos participantes. O vereador e professor de Goianinha, Luíz Alves Ferreira, alertou para a importância de que cada município tenha de fato uma instituição gestora da cultura e que, se for o fato de a cultura estar ligada a uma outra secretaria como é comum estar à Educação, que seja desmembrada: "Por menor que seja o município é necessário que ele tenha a gestão da cultura porque as ações precisam ser direcionadas e diferenciadas, para que sejam melhor executadas", opinou.
Num outro momento, a participante de São Gonçalo do Amarante, Ivani Machado, criticou o atual modelo do Conselho Estadual de Cultura que, segundo ela não tem "representatividade" da sociedade civil. Quando foi a vez de Isaura Rosado falar a respeito do FEC, ela adiantou que esse tipo de representatividade será garantida no modelo da Comissão Gestora dos recursos do FEC, uma vez que será paritário e com eleições que deverão ser feitas levando em conta as diversas regiões do Estado. Inclusive, aprovando sugestões acerca de como deveriam ser feitas as divisões de escolha entre titulares e suplentes, nas diversas regiões. Isaura Rosado também fez questão de frisar que o Governo do Estado incentivará a promoção da cultura no RN através de seleção pública e democrática, na forma de Editais. E lembrou da importância dos gestores presentes irem se capacitando de maneira a compreender cada vez mais como é a sistemática e metodologia na elaboração dos projetos que serão aprovados nos editais.
De acordo com a coordenadora geral das Conferências Regionais de Cultura do RN, Ivanira Machado, tendo em vista que nem todos os municípios puderam participar das 31 já ocorridas, haverá mais três Conferências no final de fevereiro: em Portalegre (24/02), em Bom Jesus (28/02) e Serro Corá (29/02). Todos os delegados que tiverem sido escolhidos nas conferências regionais deverão participar da Conferência Estadual de Cultura que ocorrerá entre os dias 14, 15 e 16 de março, também no TCP.
Foto: Sheyla Azevedo/Assessoria de Imprensa da Secultrn/FJA
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