quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Privado é Público abre hoje suas portas para duas grandes exposições que homenageiam o período natalino



Obras de Iaperi Araújo e acervo de Antônio Marques e Francisco Francinildo serão expostas até 31 de janeiro na Galeria Newton Navarro

A Secretaria Extraordinária da Cultura e a Fundação José Augusto (Secultrn/FJA) tem a honra de apresentar duas grandes exposições no projeto Privado é Público: "A mãe do filho de Deus e os bailados do Natal", do médico e artista Iaperi Araújo, e Presépios Natalinos na Coleção de Antônio Marques e Francisco Francinildo. A vernissagem das mostras, que fazem uma belíssima homenagem ao ciclo natalino e a Natal, será nesta quarta-feira (19), na Galeria Newton Navarro, na sede da FJA, a partir das 19h. As obras ficarão expostas para apreciação até o dia 31 de janeiro. Entrada gratuita.

Maria, a mãe do filho de Deus talvez seja o tema mais recorrente da inspiração dos pintores em todos os tempos. E tal tema tão recorrente e marcante na cultura cristã e natalense é tema da exposição "A mãe do filho de Deus e os bailados do Natal", do médico e artista Iaperi Araújo. Sendo essa exposição um marco iconográfico dos trabalhos de Iaperi como artista, sempre buscando inspiração na criação popular que identifica os santos de suas devoções como íntimos dos muitos problemas de suas vidas, atendendo aos apelos e jaculatórias nos momentos de privações, sofrimentos e agonias.   "Maria, a mãe do filho de Deus é sem dúvida alguma a predileta do povo.  Marianos, maristas, filhos da mesma mãe do salvador do mundo. Ela encarna todas as denominações possíveis: Conceição, Aparecida, Apresentação, de Fátima, de Lourdes, das Graças, da Boa Saúde e até da Cabeça.  E outras centenas como forma de homenageá-la nas tantas intervenções acudindo aos apelos do povo", destaca o artista.

“Fui buscar na iconografia popular a inspiração para o registro de 11 expressões de Maria. Diferentes formas de uma mesma mãe, enriquecidas pela cultura popular que agrega rendas e bordados, sinhaninhas e bicos de linhas e até de fios de ouro  na imagem da santa que surge esplendorosa como mãe e rainha, sempre com seu filho no colo, fulgurando nas ricas vestes de veludo, seda e arminho e coroada como rainha do céu", enaltece Iaperi Araújo sobre sua inspiração.

Ao mesmo tempo, procurando preservar uma das tradições mais autênticas e populares que dão forma à celebração do Natal, a Secretária Extraordinária de Cultura e a Fundação José Augusto (Secultrn/FJA), Professora Isaura Amélia Rosado Maia, em hora certa e oportuna, abriu as portas da Fundação José Augusto para acolher a coleção de Presépios Natalinos, pertencentes aos professores Antônio Marques e Francisco Francinildo.

A variedade de materiais, estilos e tamanhos dos presépios é uma das marcas dessa mostra que poderá ser visitada por turistas e natalenses. No percurso da exposição o visitante poderá encontrar presépios de origem angolana, moçambiquenha, chinesa, mexicana, argentina, peruana, embora o objetivo maior da referida mostra seja o de valorizar e divulgar os trabalhos produzidos pelos artistas nordestinos, em particular, aqueles nascidos em nosso estado, e entender essa tradição que começou há séculos atrás e se mantém até os dias de hoje.

Entre os nomes mais importantes, podemos destacar: um mini-presépio atribuído a Manuel Francisco Xavier, pai de Xico Santeiro; um conjunto sacro esculpido pelo próprio Xico, cujo nome legítimo era Joaquim Manuel de Oliveira; vários presépios das irmãs escultoras de Currais Novos, Ana e Luzia Dantas. O de maior dimensão traz a assinatura de Francisco Felix de Lima, que era mais conhecido como Chico Santeiro de Currais Novos. Para essa obra foi projetado um cenário único, criado pelo talentoso artista Ricardo Veriano. Os que têm maior número de personagens trazem a assinatura de Ambrósio Córdula (Acari), Ivan do Maxixe (Campo Redondo), e João Gregório (Tangará). Igualmente primorosos são os presépios de Gean de Santa Cruz, Daniel Alves (Campo Redondo) e os de Salete Diniz, sobrinha de Teodora de Acari.





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