Baseado
na obra de Garcia Lorca, apresentação acontecerá amanhã, na Escola da Edtam
A Cia de Dança do Teatro
Alberto Maranhão e Pele de Fulô apresentam amanhã, 04, o experimento “Bodas de Sertão”,
a partir das 18h, na Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão (Edtam). Entrada
gratuita.
A apresentação é fruto
de um trabalho experimental de dança desenvolvido a partir da peça de teatro “Bodas
de Sangue”, do espanhol Federico Garcia Lorca, escrita em 1932, e conta a
história Noiva que vive isolada com seu Pai, e seu Noivo, que tem uma triste
vida ao lado de sua desolada Mãe, que perdera filhos e marido em lutas por
terra. No dia das bodas aparece Leonardo, ex-namorado da noiva, que decide
seduzi-la e relembra-la do passado. Em meio à cerimônia do casamento, a noiva e
Leonardo fogem, e desencadeiam uma série de perseguições pelo deserto espanhol.
Na obra, García Lorca
também explora a possibilidade do irreal. A Lua e a Morte ganham vida e, mais
que isso, participam do desenrolar da trama, auxiliando a luta ritualística
entre o Noivo e Leonardo, dando muito pano para manga para o desenvolvimento de
coreografias que ganham graça e suavidade através de movimentos contemporâneos
e ritmados por músicas e um trabalho vocal que complementam a história, misturando
a peça espanhola com as características do Sertão nordestino.
O experimento tem direção
artística de Wanie Rose, direção cênica e coreográfica de Carla Martins. A adaptação
do texto e assistência de direção são assinadas por Gustavo Henrique, a preparação
vocal, figurino e adereços, por Irapuan Júnior; e, iluminação de Ronaldo Costa.
Já as coreografias foram desenvolvidas através de um processo colaborativo
entre o elenco: Allan Phyllipe, Bruno Borges, Ciane Fernandes, Dani
Vasconcelos, Diego Hazan, Gabriela Gorges, Gislâne Cruz, Gustavo Santos, Juarez
Moniz, Júlia Vasques, Maxs Lima, Mychael Diego e Thaíse Galvão.
Bodas de Sertão teve o
apoio cultural de Ribalta Iluminação, Flash Zoom Vídeo Produtora e Carla Belke
Fotos e realização do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria
Extraordinária de Cultura e Fundação José Augusto.
"De que me serviu o
orgulho, e não te olhar,
e te deixar acordada
todas as noites?
De nada! Serviu para me
incendiar!
Quando as coisas calam
fundo não há quem as arranque." – Garcia Lorca
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