A cultura potiguar estará
em festa amanhã, 27, com a celebração do Dia Mundial do Teatro e comemoração
dos 109 anos do Teatro Alberto Maranhão. E, pensando nesta importante semana de
comemorações para as artes cênicas potiguares, a Secretaria Extraordinária de
Cultura presenteará os potiguares com uma bela celebração no TAM, a partir das
18h30, que valorizarão e exaltarão a produção local com a apresentação da
Orquestra Sinfônica do RN, em um concerto especial; e, da Cia Bagana, de
Mossoró, com o espetáculo “Nas ondas do rádio com Chiquinha Gonzaga”. Entrada gratuita
Para
começar a programação o Teatro Alberto Maranhão abre suas portas para celebrar em
seu foyer, às 18h30, em uma homenagem
ao Dia Mundial do Teatro, com o aclamado espetáculo mossoroense “Nas ondas do
Rádio com Chiquinha Gonzaga”, da Cia Bagana. O musical criado em 2011, que deu
origem a um CD que está sendo lançado este mês, se passa num programa de rádio,
que divulga 14 canções de autoria de Chiquinha, fazendo uma alusão a era dos
cantores do rádio. São 40 minutos de peça, com sete pessoas em cena, sendo
quatro cantoras, a locutora, e dois músicos, sete. Sob a produção geral de
Joriana Pontes, são executadas com maestria e encantamento canções como
"Abre Alas" e "Lua Brancas”, além de músicas, não tão conhecidas
pelo grande público, de forma surpreendente.
E,
fechando com chave de ouro a noite que celebra o 109º do TAM, a Orquestra
Sinfônica do RN, homenageará o teatro com um concerto envolto de grandes
convidados, a começar pelo maestro Leonardo Cunha, que assumirá a batuta,
trazendo sua repleta experiência, que já lhe rendeu inclusive indicação ao
Prêmio da Música Brasileira. Atualmente, Cunha é o maestro titular da Orquestra
de Câmara OPUS, da Orquestra Sinfônica de Nova Lima, do Coral da AABB/BH e do
Coral da GEPES – Banco do Brasil, em Minas Gerais. Mas vale salientar seu
importante trabalho feito junto a grandes músicos do cenário nacional, como
Milton Nascimento, Hermeto Pascoal, Roberto Menescal, Emílio Santiago, Leila
Pinheiro, Danilo Caymi, Boris Belkin, Márcio Carneiro, Edson Queiroz, Jasmin
Gottstein, Ulla Benz; e, seu livro de arranjos de música brasileira para coral,
intitulado "MPB a Quatro Vozes", lançado em 2008 e utilizado por vários
corais no Brasil e no exterior. Além de já ter regido orquestras internacionais
e viajado em turnê internacional com a música erudita brasileira.
Para
completar o time de convidados para este concerto tão importante, a OSRN terá a
participação do clarinetista pernambucano Enéas Albuquerque, um dos vencedores
do I Concurso Norte-Nordeste de música de câmara do conservatório Pernambucano
de Música, e que, atualmente, é 1º clarinetista titular (chefe de naipe) da
orquestra sinfônica do Rio Grande do Norte, 1º clarinetista (spalla) da Banda
sinfônica da Cidade do Natal e membro fundador do Quinteto Amadeus de sopros do
Rio Grande do Norte; e, do clarinetista João Paulo de Araújo, professor de
clarineta e saxofone da UFRN, coordenador artístico dos projetos Orquestra
Potiguar de Clarinetas, Bando de Sax e “Música para Todos”, além de ter
participado de diversos encontros nacionais, concursos, festivais e ter
coordenado importantes ações na área de clarineta no país.
Os 109 anos do TAM
O
Teatro Alberto Maranhão é monumento tombado pelo Patrimônio Histórico e
Artístico do Rio Grande do Norte. Conserva linhas e elementos da arquitetura
francesa do final do século XX, além de cerâmica belga como revestimento do
piso de entrada e da plateia. Sua construção teve início em 1898, obedecendo a planta
do engenheiro José de Berredo, no Governo Ferreira Chaves, sob a direção do
Major Theodósio Paiva.
Já,
em 1910, o Teatro Carlos Gomes, como era chamado àquela época, conservava a
forma de chalé, com 18,3 metros de largura por 78,6 de extensão, tendo três
portas e uma escultura de Mathurin Moreau, denominada “arte”, encimando a
fachada. No segundo Governo de Alberto Maranhão, o Teatro sofreu nova reforma,
ganhando um pavimento superior, portões e grades de ferro vindas da França
(Fundição Val de Osnes), assim como os balcões e obras de arte na fachada. A
Gran-Campañia Española de Zarzuela, Opera y Opereta Pablo López reinaugurou o
teatro no dia 19 de julho de 1912 com a opereta “Princesa dos dólares” de Leo
Fall.
Em
1957, sendo o Teatro da municipalidade, o Prefeito de Natal, Djalma Maranhão,
mudou a sua denominação para Teatro Alberto Maranhão. Em 1959 teve nova
reforma, sendo reaberto em 24 de março de 1960. Em 1977, o Teatro foi equipado
com ar condicionado central. Em 1998, já sob a responsabilidade da Fundação
José Augusto, foi restaurado, sob supervisão técnica da Coordenadoria do
Patrimônio Histórico e Artístico do Estado, com recursos da Fundação Banco do
Brasil.
No
decorrer de sua história, o TAM conquistou seu papel fundamental nas artes
cênicas e cultura potiguares, tornando-se palco de grandes eventos, espetáculo,
passagem de grandes nomes que por aqui passaram, dando origem ao surgimento de
artistas renomados e se tornando um equipamento único e uma verdadeira memória
viva da história e cultura do Rio Grande Do Norte.
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